Percorreu as principais escolas da Região Centro com um objectivo bem definido: despertar os alunos para as potencialidades do ensino profissional e tecnológico. O Road Show da Novotecna foi a mais recente iniciativa da escola tecnológica que se define também como associação para o desenvolvimento tecnológico. Para o presidente da instituição, Horácio Pina Prata, «é urgente captar talentos para as novas indústrias tecnológicas».
Seis distritos, vinte localidades, quarenta e três escolas. Em 10 dias, O Road Learning da Novotecna chegou a 2500 estudantes. Que balanço faz desta última iniciativa?
Esta iniciativa, foi um ponto de viragem na actuação da Novotecna perante a região. Se é facto assente que a formação que vimos prestando tem uma excelente aceitação quer perante os formandos, quer perante as empresas que são beneficiárias desta mão-de-obra qualificada, também aferimos que a visibilidade do trabalho realizado é muito reduzida na população em geral. Ao realizarmos este Road Learning pelos seis distritos da Região Centro conseguimos colmatar esta lacuna, de chegar mais perto dos potenciais alunos, indo junto deles, às suas escolas, e apresentar-lhes a opção reconhecidamente válida dos cursos de especialização tecnológica, pelo que considero muito positiva a realização desta iniciativa.
No Norte da Europa, 70 a 80 por cento dos jovens que frequentam o ensino secundário escolhem a formação qualificante. Em Portugal apenas 30 por cento seguem essa opção. Os nossos jovens subestimam as potencialidades do ensino tecnológico?
Existe ainda algum estigma de que o ensino profissional e tecnológico é de segunda linha. São os próprios pais, muitas vezes, a orientar os seus filhos para um ensino mais generalista, que lhes permita o acesso ao ensino superior. Compete-nos inverter esta tendência, e demonstrar com iniciativas como o Road Learning que este é o caminho para quem quer mais rapidamente ingressar numa ocupação profissional, e se quiser, continuar a estudar, pois os alunos oriundos dos cursos de especialização tecnológica têm entrada directa nos cursos superiores em áreas afins.
A Novotecna assinou recentemente um protocolo com Associação Nacional de Jovens Empresários. Este pretende ser mais um contributo da Novotecna para o empreendedorismo na região?
Todos somos poucos para estimular o empreendedorismo. E a expressão deste protocolo será contribuir para que possam surgir negócios de apoio às empresas liderados por alunos da Escola Tecnológica Novotecna, utilizando preferencialmente as infra-estruturas já instaladas pela Região Centro, garantindo a proximidade e a celeridade necessária às empresas.
Quais os vossos próximos desafios?
A criação de um centro de prototipagem rápida na sede da Novotecna em Coimbra. A Novotecna aderiu à rede de FabLabs recentemente constituída em Portugal, pelo que o próximo grande projecto será a criação de um espaço onde toda a população possa ter contacto com a tecnologia, para que se estimule a criatividade, potenciando a inovação.